quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Terceiro mundo a caminho de virar aterro tecnológico



A Califórnia, no ano de 2006 enviou ao Brasil cerca de 1.190 toneladas de lixo eletrônico, conforme o Departamento de Controle de Substâncias Tóxicas da Califórnia (DTSC).
Parece que o Brasil ignorou a Convenção da Basileia, que trata dos países evitarem o trânsito internacional de resíduos perigosos dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento.
Na lista constam televisores, computadores, celulares e ouros eletrônicos descartados, pois em sua constituição estão substâncias como mercúrio e chumbo.
Televisores e monitores, por exemplo, possuem 20% a 50% de chumbo em sua composição.
A agência DTSC não especifica que tipo de lixo eletrônico foi enviado ao país.
O Ministério do Ambiente não tem qualquer informação a respeito (???).
O DTSC registra que a Califórnia exportou mais de 9.000 toneladas de lixo eletrônico para todo o mundo em 2006. Entre os receptores estão a China, Malásia e Índia. Acredita-se que esses números podem ser bem maiores, pois os dados que o DTSC possue se baseiam nos que cumprem "à risca" as diretivas.
Ambientalistas se referem ao tema como um problema global grave e crescente. Citando a China como um dos maiores receptores desses resíduos.
Os ambientalistas também estima que entre 50% e 80% do lixo eletrônico nos EUA é exportado e apenas 10% é reciclado convenientemente.
A Califórnia criou legislação que proíbe o despejo desses resíduos em seu território, contrariando a incapacidade de poder reciclar todo esse lixo.
Uma das causas de falta de incentivos para essa reciclagem, é o baixo preço dos metais, o que torna inviável o processo, assim as empresas preferem exportar o problema, conforme cita um funcionário de uma empresa de coleta de lixo eletrônico na cidade de Berkeley, na região de são Francisco.

Convenção da Basileia
A Legislação Internacional é clara nesse sentido. Dentre os 170 membros que participam da Convenção da Basileia, apenas o Afeganistão, Haiti e EUA (...???... de novo) não a ratificaram.
O tratado estabelece severas regras ao trânsito de substâncias perigosas entre países participantes e não participantes do tratado.
Essas mesmas regras tem sido sistematicamente dribladas através de acordos internacionais ou da não-ratificação de partes ou emendas ao texto da Convenção.
O grupo de 30 países que participa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), produzem mais da metade da riqueza mundial e que inclui os EUA, possui regras próprias sobre o assunto.
Fonte: Globo Online e Folha Online

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Não podemos deter ameaças do espaço exterior

Cientistas do Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA afirmam ser praticamente impossível no curto prazo, criar qualquer forma além das limitadas ogivas nucleares para deterem corpos celestes que estejam em rota de colisão com a Terra.
As conclusões não são nada tranquilizadoras, mas apontam caminhos a serem tomados imediatamente para mudar a situação atual.
Segundo o relatório emitido pelo conselho, os 4 milhões de US$ gastos para detecção atualmente para detectar os chamados NEOs (Near-Earth Objects - objetos próximos da Terra) são insuficientes para que a agência espacial cumpra as recomendações feitas pelo Congresso norte-americano em 2005, que estabelecia para NASA a meta de descobrir 90% dos NEOs com 140 metros ou mais até 2020. Obviamente a meta é imprecisa, já que não se sabe quantos corpos celestes possam existir nos arredores da Terra.
Outra solução previa que o Conselho det
erminasse a melhor maneira de alcançar essa meta. Esse relatório divulgado é uma resposta a essa determinação do congresso.
O relatório prevê 2 abordagens que a NASA precisa para alcançar o objetivo de 2020, sendo que essa abordagem depende da boa vontade política.
Se gastar a menor quantia possível de recursos para cumprir os objetivos, for o mais importante, então será preferível usar apenas um telescópio terrestre adequado para à tarefa - mas prazo e precisão ficarão compromentidos.
O relatório recomenda a NASA que monitore objetos menores - entre 30 e 50 metros de diâmetro, pois pesquisas recentes sugerem que impactos de objetos dessas dimensões podem ser altamente destrutivos.
Embora essa busca por corpos menores não deva alterar o cronograma de buscas de corpos de maior tamanho citados na meta 2020.
O observatório de Arecibo - Porto Rico e o Goldstone Deep Space Communications Complex são vistos como vitais nesse processo.


O PERIGO

Os NEOs são corpos que orbitam o Sol, e podem ser asteróides ou cometas, e eventualmente cruzam a órbita da Terra, e ainda bem, quando ela não está mais lá...
Na Península de Yucatán houve um impacto de um corpo celeste a 65 milhões de anos atrás, e estima-se que ele tinha meros 10km de diâmetro, e causou devastação global, eliminando a maioria das formas vegetais e animais.
As pesquisas indicam que os objetos menores do que 140 metros de diâmetro que a NASA foi encarregada de identificar e monitorar, causariam prejuízos regionais. Esse impactos acontecem, em média, a cada 30.000 anos.
Até agora a NASA foi bem-sucedida em detectar esses eventos, com objetos maiores que 1km de diâmetro.
Embora os impactos gigantes sejam raros, um único impacto desses seria capaz
de mudar definitivamente a vida na Terra.

MODOS DE DEFESA
Como são teorias novas, nenhuma delas seria comprovadamente
eficaz para defesa do planeta, mas existem algumas boas chances, no papel ainda.
Primeiramente deveria haver uma previsão precisa com algumas décadas de antecedência, caso contrário seria impossível a construção e montagem de planos, veículos ou armas defensivas.
Segundo, se fosse algum corpo celeste com tamanho grande, não teríamos tecnologia atualmente para
desviá-lo.
Na pior das hipóteses haveria uma trabalho intenso da defesa civil para evacuar áreas de risco.
Uma das formas de defesa hoje disponíveis seria as bombas nucleares, que serviriam para objetos com tamanho maior que 1km, e exigiria décadas de preparação, promovendo uma explosão longe o suficiente da Terra para que não caíssem destroços nem resíduos de radiação.
Um raio-trator gravitacional seria um dos métodos ideais, embora uma realidade nos filmes do cinema, na realidade não existe tecnologia desenvolvida para tal.
Métodos cinéticos, como colidir um veículo espacial contra o NEO e assim alterar sua trajetória. Seria eficiente contra objetos pequenos e médios, ou seja, até um 1 km de diâmetro, e também necessitaria tempo de antecipação para que o desvio fosse efetivo.
A má notícia é que, apesar de todos estes métodos serem conceitualmente válidos, nenhum deles é testado nem pode ser implementado a curto prazo.
O relatório recomenda o estudo de métodos científicos e eficazes, passíveis de testes e aprovados pelos cientistas.
Ou seja, por enquanto continuamos a viver a nossa loteria diária. E comprovando que anos de desenvolvimento tecnólogico humano, criação de capital e conhecimento de nada adiantam numa situação dessas, pois o ser humanos sempre esteve mais preocupado com o próprio umbigo, ignorando o que acontecia a sua volta e seus irmãos.