sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Definindo empresas e quadrilhas

Uma boa história.
Sem querer descobri uma artimanha das operadoras de telefonia, tanto de telefonia fixa quanto de celular.
Estava eu na casa de parentes. O dono da casa, nos seus 80 e poucos anos, me pediu para providenciar a banda larga para que os netos pudessem aproveitar enquanto estivessem de visita. Velinho e consciente da abrangência e necessidade de todos que trabalham, estudam, se divertem e se relacionam usando a internet.
Fui atrás da operadora do telefone pra providenciar a bendita. Aí que começou a acontecer umas coisas no mínimos estranhas.
Autorizado pelo dono da casa, me passei por ele pela simples necessidade de evitar que ele, sem o conhecimento técnico elementar para lidar com todos os tramites burocráticos dos sistemas e computadores.
Imagine a situação:
Atendente: - O senhor já conectou o modem?
Vovô: - Quem?
Atendente: - O aparelho modulador/demodulador está ligado?
Vovô: - Demo é sua vó... E assim por diante.
Requisitada a banda larga, cadastrado o provedor (ninguém me explica pra que serve isso), e no período de 5 dias para efetivar a liberação do sinal... até aí tudo ok na normalidade da anormalidade de capacitação das operadoras.
O sinal de banda larga foi liberado no terceiro dia, mas até lá mais algumas pessoas ligaram. Primeira que ligou foi uma tal de UOL ou alguém bem esperto querendo se passar por eles.
Como todo mundo na casa já estava instruído, se o assunto era internet e anexos, era pra mim, pois estava responsável pela instalação, nada de incomodar o velinho com informatiquês. Então lá ia o fake.
A atendente da "UOL" me disse que o provedor que eu havia contratado ( no caso o mesmo da operadora pra diminuir papel de conta), não estava apto a me prestar o serviço e que deveria contratar o "UOL" para tal. Mas porque a operadora contratada não estava apta? Me disse que ela estava apta apenas nos contratos antigos, mas nos novos o "UOL" estaria encarregada. Me pareceu uma explicação razoável, mas ainda suspeita. Perguntei o que seria necessário para fazer essa mudança. Ela me respondeu que já possui os dados, mas para cobrança seria necessário número de cartão de crédito ou conta corrente para débito automático. Aí me ocorreu que era muita coisa, porque na ocasião anterior estava tudo pronto e contratado. A conta da operadora teria a inclusão da banda larga além do telefone fixo (que já é venda casada) mais a do provedor... tudo certinho. Retruquei com a atendente exatamente isso, que não queria passar os dados e que estava tudo tão certo antes, porque essas mudanças? Ela me informou que para ter banda larga teria que contratá-los senão perderia. Retruquei novamente, como assim perder, vocês não são apenas provedor e a banda é responsabilidade da operadora? Ela diz que sim, mas que sem eles seria cancelado todo o serviço. Pedi que deixasse em aberto que estaria procurando outro provedor que não exigisse dados particulares para fazer a cobrança. Ela me avisou pejorativamente que teria que cancelar a banda larga. Daí engrossei, solicitei que deixasse aberto o pedido de banda larga (mesmo achando estranho) que eu iria tuuu... tuuu... tuuu... Isso mesmo, a mocinha desligou na minha cara.
Parti pra cima, liguei pra operadora que tinha deixado tudo ok pra saber que história era essa, que atendente era essa, e que autonomia era essa pra uma empresa que não tinha interesse em contratar. Após as verificações rotineiras, a atendente me informou que continuava tudo como contratado e que NÃO HAVIA QUALQUER VÍNCULO OU PARCERIA ENTRE A OPERADORA E A "UOL". Achei muita falta de ética. E comecei a achar que tem gente dentro das empresas vendendo informação para outras ou pior, pra quadrilhas especializadas nesses golpes. E se forneço números de contas correntes com autorização de débito ou de cartão de crédito, será que vou ter como cobrar algum sumiço de dinheiro da conta?
Segunda tentativa me pegou bem desconfiado com todos. Essa foi da Claro, que também achava que eu era o velhinho. Dessa vez pra me comunicar (não convidar) que estariam mandando pra minha residência um modem com tecnologia xG, com franquia de sei lá quantos Mb, com descontos mil. - Espera aí, mas não solicitei nada. - Senhor, vamos enviar o modem para que possa usufruir de internet em telefone e celular. - Mas já tenho contratada banda larga aqui. - O senhor pode ficar tranquilo que o modem irá possibilitar que navegue na internet mesmo quando estiver passeando e na casa de parentes. - E isso será de graça? - Não senhor, estará pagando uma mensalidade de R$119 com franquias de sei lá o que e piriri... parará. - Se fosse de graça até pensaria, mas nesse caso nós dois não concordamos, eu não quero mais uma cobrança, e você não me dá esse serviço de graça. Então suspenda. Obrigado.
Agora pergunto: Como acessam com facilidade os nossos dados? Como usam de formas pejorativas e agressivas para iludir alguém que julgavam ser um idoso, e por si só, mais frágil e suscetível as ditas empresas confiáveis e corretas? Isso tem cheiro de quadrilha, nada similar a empresas sérias. Mas isso é uma novidade ou já estamos recebendo essas propostas a mais tempo?
Penso que hoje vivemos atolados no lixo, poluição, saúde degradada, casos e mais casos de câncer, pessoas agressivas e mal humoradas, mas carregando inúmeros aparatos tecnológicos, misturamos trabalho e família, depois nos culpamos por não mantermos nossa prole unida. Mas será que nos dias, meses, anos anteriores não aceitamos uma dessas propostas pejorativas, para nos enquadrarmos num sistema que não é natural a nós, que não demandamos e que no final nos trazem mais problemas que soluções.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Páscoa, época de golpes no consumidor

A Páscoa além de ser época de reflexão e festa para muitas pessoas, também se mostrou propicia para certos espertalhões mostrarem as garras. Antes o ovo seria o símbolo do renascimento e renovação de fé, agora deve ser visto com desconfiança também.
Gráfico 1 - Preço dos produtos de chocolate em efemérides e datas normais

A deficiente instrução econômica e financeira da população brasileira, ás vezes se mostra de formas bem curiosas, um desses casos aconteceu na última Páscoa que ocorreu no dia 04 de Abril de 2010.
Os consumidores mostraram-se receptivos as propagandas, embalagens e decoração para a data, consumindo quase 100% de todo o estoque de produtos de chocolate das grandes marcas, indiferente do preço encontrado. Os "ovos de Páscoa" esconderam em seu interior bem mais que bombons, balas e brinquedos, mas uma abusiva oneração de preços, tão absurda quanto desproporcional (vide gráficos 1 e 2).A diferença fica visível quando comparados os preços do chocolate no formato Kg convencional e formato ovo de Páscoa.Gráfico 2 - Percentagem de aumento de preço dos produtos de chocolate das datas sem efemérides para a Páscoa

As indústrias alimentícias de grande porte, verdadeiros oligopólios botaram as garras de fora e jogaram os preços dos ditos "ovos de Páscoa" a preços inimagináveis nas efemérides. Mudando o formato do produto, mas sua composição sendo bem conhecida dos aficcionados por chocolate. O preço chegou a ser 4 vezes maior, caracterizando um golpe e falta de escrúpulos dos fabricantes. Se atentarem para esse evento, verão que isso ocorre em outros setores, fortalecendo o estigma que temos de país subdesenvolvido e passível de exploradores e oportunistas.

"Não precisamos convidar nossos algozes a entrarem em nossa casa, basta deixar a porta desguarnecida".
Fonte: CEEMA, 10/04/10.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Inflação no Brasil em duas décadas

Interessante registro sobre a inflação que acometeu os brasileiros nas últimas duas décadas, demonstra uma jornada de inferno ao paraíso. Só quem viveu esses dias entende a plenitude disso, mas os mais jovens que atualmente vivem dias de equilíbrio nas contas e previsibilidade gastos, precisam de uma noção de como as coisas antes andavam. Tempos de hiperinflação significava comprar produtos nos mercados em grandes quantidades para assegurar o preço e estoque em casa, acredito que a o termo "fazer rancho" no mercado surgiu nessa época, e não significava que você iria botar a mão na massa e construir uma cabana na beira de um lago, o rancho não era menos que um ou dois carrinhos de supermercado abarrotados de produtos, com grãos, óleo, farinhas e o que mais suportasse armazenagem por no mínimos um mês. O leite e pão era uma luta diária para comprar, pois se num dia custasse 0,50, no outro dia poderia estar em 5,00 ou mais. Dinheiro na mão era desastre na certa, pois seu valor sumia tão rápido quanto o volume da surpresa da inflação divulgada ao final de cada mês.
O salário sofria uma defasagem desigual, e a cada mês o poder de compra desabava a ponto de sofrer reajustes mensais, mesmo que sabidamente inferiores ao crescimento dos preços.
Foi a época de ouro para quem pode estocar produtos, desde mercados e postos de combustível, que negociavam e estocavam grandes quantidades de produtos, para vendê-los a preços abusivos uma semana depois. Preços abusivos porque não havia uma clara noção de preços a serem colocados, mas passava muito pela ganância e concorrência entre os
mercadores locais, onde a solução para muitos foi a formação de cartéis. Chegou a haver escassez de produtos nas prateleiras dos mercados, tamanha era a demanda e necessidade de estocar os produtos em casa, ocasionado mais elevação nos preços.Grande sacada da época era pagar com cheques pré-datados, era o pulo do gato para muitos, onde quem vendia diretamente aos consumidores levava uma vantagem sobre os atacadistas e fabricantes. Receber a mercadoria e vendê-la por dinheiro aos clientes e pagar os fornecedores datas após a um preço que poderia ser até muitas vezes mais baixo do que no momento da compra e entrega.Nos bancos imperava a confusão quando surgiu o confisco no Plano Collor, que até hoje o governo paga quem entrou na justiça. Os bancos sofreram uma corrida dos correntistas por retiradas, reclamações e depósitos que seriam afetados pela hiperinflação.O início da hiperinflação ocorreu com o choque do petróleo, quando o governo tentou financiar o crescimento com o endividamento no exterior. A inflação naquele ano chega ao 34,56%, João Figueiredo (1979-1985) indexa a economia e emite moeda para compensar os aumentos nos preços, sendo que perde o controle da inflação que chega aos 200% em 1984.
Ocorreram posteriormente diversos planos no intuito de combater a sangria econômica:
  • Plano Cruzado (02/1985): Substitui o cruzeiro pelo cruzado com queda de 3 zeros, congela os preços e fim da correção monetária, trava o aumento de salários, taxa de câmbio e gatilho salarial.
  • Plano Cruzado II (10/1985): Liberação dos preços de produtos e serviços, aumento de impostos e de tarifas de serviços públicos.
  • Plano Bresser (06/1987): Congelamento de preços e salários, fim do gatilho salarial, aumento de tributos e suspensão de obras públicas.
  • Planos verão (01/1989): Troca do cruzado pelo cruzado novo, novo corte de 3 zeros, congelamento de preços e mudança nos indexadores de salários e poupança.
  • Plano Collor (03/1990): Confisco de depósitos e aplicações financeiras acima de Cr$50.000 por 18 meses. Moeda volta a ser cruzeiro. Preços e salários congelados e tem reajustes prefixados.
  • Plano Real (1994): Novo corte de 3 zeros. Surge a unidade real de valor (URV), que serve como referência para os preços em cruzeiro real. Com o alinhamento gradual dos preços, em julho é emitido o Real. Foi realizado um severo controle de gastos para reduzir o déficit público. A inflação cede caindo de 47,43% em junho a 6,84% em julho e 1,86% no mês seguinte. Em 1998 o IPCA anual é de 1,65%. O menos índice da história.
Fonte: ZH, 02/2010.

terça-feira, 16 de março de 2010

Flak para mosquitos


Pois é... foi criada a bateria anti-aérea para mosquitos.

E não me refiro aos aviões denominados mosquito da 2ª Guerra, nem as baterias anti-aéreas (flak) pesadíssimas dos alemães.

Isso mesmo... a guerra em
pequena escala foi declarada, ainda mais evidenciada por esses tempos de dengue, malária e outras em que o mosquito é o culpado.

Flak é um termo que nasceu na 2ª Guerra Mundial, devido as baterias Flugabweherkanone, que na tradução literal significa "canhão de defesa contra aviões".

Mas algum gênio (louco) resolveu fazer isso em miniatura, sendo os alvos os terríveis insetos disseminadores de desconforto e doenças, a começar pelo mosquito.

O invento nem é tão novo, nasceu em 2007 através das mentes do Bill e Melinda Gates Foundation, no intuito de atacar o vetor da malária.

O mecanismo funciona através da detecção do mosquito por ultra-som, e o bichinho é bom em emitir um som audível e perturbador, sendo agora seu ponto fraco a ser explorado.

O mecanismo detecta com precisão a localização espacial do intruso e o alveja com laser, fritando-o instantaneamente .

Eu só tenho uma pergunta... quando estará nas lojas???
Fonte: Intellectual Ventures Lab, 02/02/2010 - http://intellectualventureslab.com





quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Terceiro mundo a caminho de virar aterro tecnológico



A Califórnia, no ano de 2006 enviou ao Brasil cerca de 1.190 toneladas de lixo eletrônico, conforme o Departamento de Controle de Substâncias Tóxicas da Califórnia (DTSC).
Parece que o Brasil ignorou a Convenção da Basileia, que trata dos países evitarem o trânsito internacional de resíduos perigosos dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento.
Na lista constam televisores, computadores, celulares e ouros eletrônicos descartados, pois em sua constituição estão substâncias como mercúrio e chumbo.
Televisores e monitores, por exemplo, possuem 20% a 50% de chumbo em sua composição.
A agência DTSC não especifica que tipo de lixo eletrônico foi enviado ao país.
O Ministério do Ambiente não tem qualquer informação a respeito (???).
O DTSC registra que a Califórnia exportou mais de 9.000 toneladas de lixo eletrônico para todo o mundo em 2006. Entre os receptores estão a China, Malásia e Índia. Acredita-se que esses números podem ser bem maiores, pois os dados que o DTSC possue se baseiam nos que cumprem "à risca" as diretivas.
Ambientalistas se referem ao tema como um problema global grave e crescente. Citando a China como um dos maiores receptores desses resíduos.
Os ambientalistas também estima que entre 50% e 80% do lixo eletrônico nos EUA é exportado e apenas 10% é reciclado convenientemente.
A Califórnia criou legislação que proíbe o despejo desses resíduos em seu território, contrariando a incapacidade de poder reciclar todo esse lixo.
Uma das causas de falta de incentivos para essa reciclagem, é o baixo preço dos metais, o que torna inviável o processo, assim as empresas preferem exportar o problema, conforme cita um funcionário de uma empresa de coleta de lixo eletrônico na cidade de Berkeley, na região de são Francisco.

Convenção da Basileia
A Legislação Internacional é clara nesse sentido. Dentre os 170 membros que participam da Convenção da Basileia, apenas o Afeganistão, Haiti e EUA (...???... de novo) não a ratificaram.
O tratado estabelece severas regras ao trânsito de substâncias perigosas entre países participantes e não participantes do tratado.
Essas mesmas regras tem sido sistematicamente dribladas através de acordos internacionais ou da não-ratificação de partes ou emendas ao texto da Convenção.
O grupo de 30 países que participa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), produzem mais da metade da riqueza mundial e que inclui os EUA, possui regras próprias sobre o assunto.
Fonte: Globo Online e Folha Online

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Não podemos deter ameaças do espaço exterior

Cientistas do Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA afirmam ser praticamente impossível no curto prazo, criar qualquer forma além das limitadas ogivas nucleares para deterem corpos celestes que estejam em rota de colisão com a Terra.
As conclusões não são nada tranquilizadoras, mas apontam caminhos a serem tomados imediatamente para mudar a situação atual.
Segundo o relatório emitido pelo conselho, os 4 milhões de US$ gastos para detecção atualmente para detectar os chamados NEOs (Near-Earth Objects - objetos próximos da Terra) são insuficientes para que a agência espacial cumpra as recomendações feitas pelo Congresso norte-americano em 2005, que estabelecia para NASA a meta de descobrir 90% dos NEOs com 140 metros ou mais até 2020. Obviamente a meta é imprecisa, já que não se sabe quantos corpos celestes possam existir nos arredores da Terra.
Outra solução previa que o Conselho det
erminasse a melhor maneira de alcançar essa meta. Esse relatório divulgado é uma resposta a essa determinação do congresso.
O relatório prevê 2 abordagens que a NASA precisa para alcançar o objetivo de 2020, sendo que essa abordagem depende da boa vontade política.
Se gastar a menor quantia possível de recursos para cumprir os objetivos, for o mais importante, então será preferível usar apenas um telescópio terrestre adequado para à tarefa - mas prazo e precisão ficarão compromentidos.
O relatório recomenda a NASA que monitore objetos menores - entre 30 e 50 metros de diâmetro, pois pesquisas recentes sugerem que impactos de objetos dessas dimensões podem ser altamente destrutivos.
Embora essa busca por corpos menores não deva alterar o cronograma de buscas de corpos de maior tamanho citados na meta 2020.
O observatório de Arecibo - Porto Rico e o Goldstone Deep Space Communications Complex são vistos como vitais nesse processo.


O PERIGO

Os NEOs são corpos que orbitam o Sol, e podem ser asteróides ou cometas, e eventualmente cruzam a órbita da Terra, e ainda bem, quando ela não está mais lá...
Na Península de Yucatán houve um impacto de um corpo celeste a 65 milhões de anos atrás, e estima-se que ele tinha meros 10km de diâmetro, e causou devastação global, eliminando a maioria das formas vegetais e animais.
As pesquisas indicam que os objetos menores do que 140 metros de diâmetro que a NASA foi encarregada de identificar e monitorar, causariam prejuízos regionais. Esse impactos acontecem, em média, a cada 30.000 anos.
Até agora a NASA foi bem-sucedida em detectar esses eventos, com objetos maiores que 1km de diâmetro.
Embora os impactos gigantes sejam raros, um único impacto desses seria capaz
de mudar definitivamente a vida na Terra.

MODOS DE DEFESA
Como são teorias novas, nenhuma delas seria comprovadamente
eficaz para defesa do planeta, mas existem algumas boas chances, no papel ainda.
Primeiramente deveria haver uma previsão precisa com algumas décadas de antecedência, caso contrário seria impossível a construção e montagem de planos, veículos ou armas defensivas.
Segundo, se fosse algum corpo celeste com tamanho grande, não teríamos tecnologia atualmente para
desviá-lo.
Na pior das hipóteses haveria uma trabalho intenso da defesa civil para evacuar áreas de risco.
Uma das formas de defesa hoje disponíveis seria as bombas nucleares, que serviriam para objetos com tamanho maior que 1km, e exigiria décadas de preparação, promovendo uma explosão longe o suficiente da Terra para que não caíssem destroços nem resíduos de radiação.
Um raio-trator gravitacional seria um dos métodos ideais, embora uma realidade nos filmes do cinema, na realidade não existe tecnologia desenvolvida para tal.
Métodos cinéticos, como colidir um veículo espacial contra o NEO e assim alterar sua trajetória. Seria eficiente contra objetos pequenos e médios, ou seja, até um 1 km de diâmetro, e também necessitaria tempo de antecipação para que o desvio fosse efetivo.
A má notícia é que, apesar de todos estes métodos serem conceitualmente válidos, nenhum deles é testado nem pode ser implementado a curto prazo.
O relatório recomenda o estudo de métodos científicos e eficazes, passíveis de testes e aprovados pelos cientistas.
Ou seja, por enquanto continuamos a viver a nossa loteria diária. E comprovando que anos de desenvolvimento tecnólogico humano, criação de capital e conhecimento de nada adiantam numa situação dessas, pois o ser humanos sempre esteve mais preocupado com o próprio umbigo, ignorando o que acontecia a sua volta e seus irmãos.